Dezembro Vermelho
- ProTG

- 1 de dez. de 2022
- 4 min de leitura
Campanha Nacional de Prevenção ao HIV/AIDS e outras Infecções Sexualmente Transmissíveis

A Campanha Dezembro Vermelho foi instituída no Brasil pela Lei nº 13.504/2017 como forma de gerar mobilização nacional na luta contra o vírus HIV, a Aids e outras ISTs (Infecções Sexualmente Transmissíveis).
A ação objetiva, ainda, chamar a atenção para a prevenção, a assistência e a proteção dos direitos das pessoas infectadas com o HIV. Constitui-se em um conjunto de atividades relacionadas ao enfrentamento ao HIV/Aids e às demais ISTs, em consonância com os princípios do Sistema Único de Saúde (SUS), de modo integrado em toda a administração pública, com entidades da sociedade civil organizada e organismos internacionais.
Você sabe o que é o HIV?
Esta é sigla em inglês para o Vírus da Imunodeficiência Humana, que vem sendo estudado há quase 40 anos e, com o avanço da ciência, tem dado às pessoas soropositivas (que possuem o vírus) uma vida plena com medicações que inibem a manifestação da Aids, que é a doença decorrente do vírus. O HIV é um retrovírus que impacta em células específicas do sistema imunológico: isso impede que o corpo seja capaz de combater diversas outras infecções e doenças. Neste estágio, o vírus faz com que a pessoa desenvolva a Aids.
Você sabia?
Existe uma diferença entre HIV e Aids. Atualmente, nem todo paciente com HIV chega a desenvolver a Aids, que nada mais é do que uma das consequências do vírus, chamada Síndrome de Imunodeficiência Adquirida. O diagnóstico de Aids considera a baixa quantidade de células de defesa (CD4) presentes no sangue e/ou manifestações clínicas que podem incluir uma ou mais doenças oportunistas.
Tratamento do HIV
Os medicamentos antirretrovirais (ARV) surgiram na década de 1980 para impedir a multiplicação do HIV no organismo. Esses medicamentos ajudam a evitar o enfraquecimento do sistema imunológico. Por isso, segundo o Ministério da Saúde, o uso regular dos ARV é fundamental para aumentar o tempo e a qualidade de vida das pessoas que vivem com HIV e reduzir o número de internações e infecções por doenças oportunistas.
Desde 1996, o Brasil distribui gratuitamente os ARV a todas as pessoas vivendo com HIV que necessitam de tratamento. Atualmente, existem 22 medicamentos, em 38 apresentações farmacêuticas.
No Brasil, 92% das pessoas em tratamento já atingiram o estágio de estarem indetectáveis, ou seja, estado em que a pessoa não transmite o vírus e consegue manter a qualidade de vida sem manifestar os sintomas da Aids. Essa conquista se deve ao fortalecimento das ações do Ministério da Saúde para ampliar a oferta do melhor tratamento disponível para o HIV, com a incorporação de medicamentos de primeira linha para tratar os pacientes. Além disso, o SUS coloca à disposição da população as estratégias e tecnologias mais avançadas para a prevenção da infecção pelo vírus, como a Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) e a Profilaxia Pós Exposição (PEP); além de ampliar o acesso ao diagnóstico precoce e ações específicas para populações-chave para resposta ao HIV, como pessoas trans, gays, homens que fazem sexo com homens, trabalhadores do sexo, população privada de liberdade e usuários de álcool e outras substâncias.
E já que estamos falando de transmissão, você precisa saber que isso só acontece em situações específicas, por isso, é fundamental tomar os devidos cuidados.
Como a informação é a base para o Dezembro Vermelho, veja como o contágio pode acontecer:
Sexo vaginal, anal e oral sem prevenção
Compartilhamento de seringas por diferentes pessoas
Transfusão de sangue contaminado.
A mãe infectada pode transmitir para o filho durante a gravidez, no parto e na amamentação
Contato intradérmico com instrumentos que furam ou cortam, que não tenham sido esterilizados
Conhecer o vírus e a doença é o primeiro passo para a conscientização. Durante muitos anos a falta de informações fez com que o preconceito com as pessoas portadoras do HIV se destacasse, mas hoje existem dados, estudos e campanhas como a do Dezembro Vermelho, que focam na conscientização como um fator decisivo para combater a doença. Tanto o HIV/Aids quanto as demais infecções sexualmente transmissíveis precisam ser acompanhadas. A prevenção e o tratamento precoce fazem toda a diferença para que seja possível ter uma vida plena e com qualidade. Para prevenir a Aids e as IST, evitando a transmissão, o método mais eficiente é usar preservativo em todas as relações sexuais.
A prevenção e o tratamento precoce fazem toda a diferença para que seja possível ter uma vida plena e com qualidade. Para prevenir a Aids e as IST, evitando a transmissão, o método mais eficiente é usar preservativo em todas as relações sexuais.
A conscientização e o cuidado são o caminho para a prevenção!
Prevenção
É importante observar o próprio corpo durante a higiene pessoal isso pode ajudar a identificar uma IST no estágio inicial e procurar o serviço de saúde ao perceber qualquer sinal ou sintoma. O uso do preservativo, masculino ou feminino, em todas as relações sexuais (orais, anais e vaginais) é o método mais eficaz para evitar a transmissão das Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), do HIV/Aids e das hepatites virais B e C. Existem vários métodos anticoncepcionais, no entanto, o único que pode evitar a gravidez e também prevenir as ISTs é a camisinha (masculina ou feminina). Orienta-se que, sempre que possível, realizar a dupla proteção: uso da camisinha e de outro método anticonceptivo de escolha. As unidades de saúde do SUS disponibilizam gratuitamente preservativos masculinos e femininos.
Importância do Sexo Seguro
Geralmente, o termo “sexo seguro” é associado ao uso exclusivo de preservativos. Por mais que essa seja uma estratégia fundamental a ser sempre estimulada, possui limitações. Assim, outras medidas de prevenção são importantes e complementares para uma prática sexual segura, como as apresentadas a seguir
Usar preservativos;
Imunizar-se para hepatite A (HAV), hepatite B (HBV) e HPV;
Discutir com a parceria sobre a testagem para HIV e outras ISTs;
Testar-se regularmente para HIV e outras ISTs;
Tratar todas as pessoas vivendo com HIV;
Realizar exame preventivo de câncer de colo do útero (colpocitologia oncótica);
Realizar Profilaxia Pré-Exposição (PrEP), quando indicado; Realizar Profilaxia Pós-Exposição (PEP), quando indicado;
Conhecer e ter acesso à anticoncepção e concepção
Fonte - Ministério da Saúde (BR)
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