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Setembro Amarelo

  • Foto do escritor: ProTG
    ProTG
  • 1 de set. de 2022
  • 3 min de leitura

Mês de Conscientização da Prevenção ao Suicídio

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O setembro amarelo é uma campanha brasileira que existe desde 2015, dedicada à conscientização da prevenção ao suicídio. Durante o mês, diversas ações são realizadas buscando dar voz à problemática, que muitas vezes não recebe a devida atenção. Atualmente, podemos dizer que o tabu em volta do assunto já é menor, mas, que ainda existem obstáculos que impedem que a pauta seja efetiva e tenha bons resultados na sociedade.


Por que precisamos deste período?

De acordo com a revista Veja, o Brasil é o país com mais casos de depressão e ansiedade da América Latina. Fatores como pobreza, aumento do desemprego, uso de álcool e drogas, perda de um ente querido, entre outros, influenciam na saúde mental dos brasileiros, consequentemente aumentando os números de casos destes transtornos psicológicos. Levando isto em consideração, também em homenagem ao Dia Mundial da Prevenção do Suicídio (10/09), setembro foi definido como o período tanto para a discussão do assunto, quanto para a identificação de sinais e oferecimento de ajuda.


Qual o significado do símbolo?

O símbolo da fita amarela tem origem na história do norte americano Mike Emme, um jovem de 17 anos, que sofria de sérios problemas mentais e infelizmente em 1994, tirou sua própria vida. No dia de seu velório, havia uma cesta com cartões com mensagens acompanhados de fitas amarelas, originando a iniciativa do simbolismo ao redor do objeto.


Como identificar comportamentos suicidas?

Saber identificar atitudes de quando alguém está pedindo ajuda é fundamental, deste modo, fique alerta aos sinais abaixo:

  • Alterações no humor;

  • Desleixo com a aparência;

  • Ações irresponsáveis e inconsequentes;

  • Frases desesperançosas de cunho suicida;

  • Isolamento de pessoas com quem convive;

  • Abandonamento de atividades;

  • Piora do desempenho escolar ou profissional;

Dados importantes

São registrados cerca de 12 mil suicídios todos os anos no Brasil e mais de 1 milhão no mundo. Trata-se de uma triste realidade, que registra cada vez mais casos, principalmente entre os jovens. Cerca de 96,8% dos casos de suicídio estavam relacionados a transtornos mentais. Em primeiro lugar está a depressão, seguida do transtorno bipolar e do abuso de substâncias. Com esses números, o suicídio encontra-se entre as três principais causas de morte em indivíduos com idade entre 15 e 29 anos no mundo. O Brasil é um país com taxas crescentes, apesar da escassez de indicadores epidemiológicos, corresponde a mais de 5% das mortes por causas externas.


Como identificar alguém que precisa de ajuda?

Falar sobre o assunto é sempre a melhor opção. A maioria das pessoas não costumam compartilhar esse tipo de sentimento, pois ainda enfrentam um grande tabu para lidar com o assunto. No entanto, existem alguns sinais de alerta que podem salvar a vida de uma pessoa, entre eles podemos destacar:

  • Quando perceber que uma pessoa não demonstra mais interesse por coisas que gostava anteriormente;

  • Apresentar comportamento retraído, com dificuldades de se relacionar com amigos e familiares;

  • Remoer pensamentos de forma obsessiva e sem conseguir parar;

  • Desesperança, solidão, impotência e falta de significado na vida; Irritabilidade, pessimismo e apatia;

  • Alterações extremas de humor, como excesso de raiva, vingança, ansiedade, irritabilidade, pessimismo, apatia e sentimentos intensos de culpa ou vergonha;

Ter casos de doenças psiquiátricas como transtornos mentais, de comportamento, personalidade, de humor etc. Falar sobre morte ou suicídio, querer concluir afazeres pessoais e profissionais, doar pertences, visitar vários entes queridos de uma só vez, escrever um testamento, escrever cartas de despedida entre outros.


Por que tratar de suicídio é falar de saúde mental?

Um dos dados apresentados pelo Setembro Amarelo mostra que cerca de 96,8% dos casos de suicídio registrados no último ano tinham relação com transtornos mentais. Entre as doenças, a depressão ocupa o primeiro lugar. Por isso, um dos pontos abordados pela campanha é exatamente a saúde mental. O suicídio é um fenômeno complexo e uma atitude extrema de uma pessoa em sofrimento. É preciso entender essas relações para compreender essa ação.


Como ajudar uma pessoa sob risco de suicídio?

É importante identificar os sinais e não tratar as lamentações da pessoa como “drama” ou “exageros”. O contato inicial é muito importante, mas deve ser feito de forma adequada, entre as principais ações podemos destacar:

  • Falar de forma carinhosa e sem julgamentos, ouvir com atenção e se mostrar interessado com a conversa,

  • Falar sobre o assunto, sem medos e tabus;

  • Ter empatia, paciência e demonstrar preocupação, cuidado e afeto;

  • Conversar com amigos e familiares da pessoa e se manter ao lado dela para ajuda e apoio;

  • Procurar entender os sentimentos da pessoa sem diminuir a importância deles;

  • Não esperar a pessoa dizer que quer se matar para buscar ajuda. É preciso estar atento aos sinais de alerta e levar a situação a sério;

  • Ligando para o Centro de Valorização da Vida (CVV) por meio do número 188;

  • Ir atrás das unidades e profissionais da saúde;

  • Participar de grupos de apoio.


 
 
 

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